Cap. 127
— É aquele ali? – pergunta o xerife, apontando para Solomon.
Coronel: — Não. A não ser que tenha comido muito bem desde que fugiu.
O homem ri, mas para assim que percebe que não foi acompanhado pelo xerife, que conclui o assunto:
— Então, não há outros pretos em Rotten Root. Podem ir embora.
Malcolm: — Mas, o senhor não teria visto ou ouvido falar em alguns pretos vivendo nas redondezas, ou mesmo tendo passado por aqui?
O xerife se vira e encara os forasteiros: — Eu só cuido da minha cidade e disse que não tem pretos aqui. Adeus.
Coronel: — Certo, melhor irmos andando. Desculpe tomarmos seu tempo, xerife.
A despedida é interrompida pela volta de Lucretia: — Pronto, querido. – ela arremessa uma enorme caixa de madeira no peito de Wayne e continua: — Pegue o que precisa e vamos juntos até o ferreiro para eu pegar a estrala de volta.
— Ferreiro? – pegunta o Coronel.
Lucretia: — Sim, por quê, o senhor precisa de um?
Coronel: — Nunca se sabe quando um ferreiro pode ser útil. Obrigado pela hospitalidade. Adeus.
Os homens se retiram e Wayne sente na alma que terá mais trabalho para conseguir sua nova estrela do que estava esperando.
— Por qual lado o senhor lutou na guerra? – pergunta Solomon aos homens saindo.
Malcolm: — Com certeza no foi do seu, crioulo.
Solomon respira fundo, sorri e responde: — Que pena. Boa viagem e voltem sempre.
Os homens montam e vão se afastando.
Malcolm: — Ferreiro?
Coronel: — Sim.
Malcolm: — Será ele?
Coronel: — É possível.
Malcolm: — E por que o xerife está acobertando o preto?
Coronel: — Não quer se meter no problema. Se for esperto, continuará assim.
Malcolm: — E se não for esperto?
Coronel: — Então, meu caro tenente Malcolm, por sorte ninguém vai sentir falta de um punhado de mexicanos e meia dúzia de brancos burros perdidos no meio do nada. E menos ainda de um bando de pretos fujões.
De volta ao cabaré, Lucretia pergunta: — Quem eram aqueles dois?
Wayne, resignado: — Encrenca. Para variar, muito mais encrenca.