Cap. 149
Wayne grunhe com a cabeça batendo no chão de terra enquanto Josiah e Kojo chegam à porta e são barrados por Celeste: — Não vão molhar tudo aqui. Deixem as roupas molhadas aí fora, sentem ao lado do fogão e se enrolem em uma coberta.
Josiah protesta: — Mãe, as mulheres e a visita.
Lucretia apressa-se em tranquilizar os homens encharcados: — Queridos, sou dona de um cabaré. Vocês não mostrarão nada que eu não tenha visto.
— Ou tenha igual. – geme um vingativo Wayne.
Lucretia fuzila o xerife com os olhos enquanto um envergonhado Josiah corre para perto do fogão e logo se encasula em um cobertor ralo que Hanna lhe atira.
— O que ele disse? – pergunta Hanna, que, junto com Sarah, pôde entrar mesmo molhada na casa.
Lucretia: — Nada, só perguntou sobre os cavalos.
Kojo tirando a roupa: — Fique tranquilo, amigo, os cavalos estão seguros de volta ao celeiro. E obrigado por ajudar nossa família.
Lucretia se levanta e se aproxima dele: — Nós é que temos de agradecer. Ainda bem que o senhor é tão forte e corajoso.
Kojo, animado pelos elogios: — É isso que meu nome significa, senhora. Kojo, em minha língua nativa, quer dizer grande e corajoso guerreiro.
Lucretia arregala os olhos em admiração enquanto Celeste interrompe: — Mentira! Kojo quer dizer que ele nasceu em uma segunda-feira.
Kojo, mantendo a pose: — Grande e corajoso guerreiro nascido em uma segunda-feira.
Celeste: — Desista, seu gambá velho, ela está vendo que não tem nada de grande aí.
Kojo cobre suas partes íntimas com as mãos e sai resmungando até chegar ao fogão: — Diabos, mulher, você sabe que é culpa de toda aquela chuva e vento gelado.
Todos riem, menos Wayne, que estava deitado de costas, olhando para cima, coincidentemente, bem na direção em que Kojo ficou parado nú enquanto falava com Lucretia, que se agacha e sussurra, cínica, em seu ouvido:
— Apreciou a vista, querido? Percebeu que não é igual a nada que eu tenha ou quer dar mais uma espiada... nos dois... só para comparar?
Talvez não tenha sido coincidência.