Cap. 181
McQueen puxa Augustus assim que este passa pela porta do saloon e sussurra: — Acho que é outro deles.
O delegado entorta a boca e pergunta: — Deles, quem?
McQueen: — Do bando do Ray e Stiff Dick. Vou consultar aqueles documentos para confirmar. Mantenham o homem sob vigilância e não façam nenhuma bobagem até eu voltar.
O prefeito nem espera pela resposta do delegado e já dispara, dentro de suas capacidades locomotivas, rumo à sua residência.
Augustus retorna para o saloon a tempo de ver o estrangeiro pagando sua conta. O homem se vira para ele sorridente e explica: — Delegado, bom ver você de novo. Estou pagando minha conta, apesar de não conseguir beber essa água que deve ter passado pela bunda de uma cabra.
Augustus: — Que bom que tudo se resolveu pacificamente.
Forasteiro: — Pacificamente?
Augustus: — Sem brigas. Bem, foi bom conhecê-lo, senhor...?
Forasteiro: — Pode me chamar de Tex, é como os amigos me chamam.
Augustus: — Certo, senhor Tex, agora que o senhor já bebeu, pode pegar seu cavalo e...
Tex: — Preciso de um lugar para dormir um pouco. Faz mais de um dia que estou sobre aquele cavalo e minhas bolas vão parar no meu queixo se não dormir um pouco. Pode ser, senhor delegado?
Cobra: — Ele pode dormir na cadeia.
Augustus: — O doutor está atendendo as pessoas lá. Veja, por favor, se Lucretia poderia providenciar um quarto para nosso amigo Tex lá no Elle.
Cobra olha para Augustus questionando o fato de deixá-lo sozinho com o forasteiro.
Augustus percebe a preocupação do outro delegado e tranquiliza o nativo: — Ficarei fazendo companhia a nosso novo amigo até você retornar.
O prefeito deve estar de volta aqui daqui a pouco, pode ir tranquilo.
Tex, irônico: — Sim, delegado índio, pode ir tranquilo. Ninguém aqui quer problemas, não é mesmo?
Contrariado, Cobra sai rumo ao cabaré. Saindo de sua casa, McQueen vê o nativo deixando o saloon e quase despenca escada abaixo na pressa de não deixar Augustus sozinho com o visitante.
O prefeito havia confirmado suas suspeitas.