Cap. 247
Augustus prepara uma argumentação em defesa de seu parceiro delegado, mas é interrompido por Tex:
— Estou brincando com vocês. Acham que sou um ingrato sem coração? Que atiraria no meio dos olhos do índio que me salvou só porque ele ficou aleijado?
Vendo que ninguém se habilita a responder o óbvio, o criminoso prossegue:
— Mas não vou carregar o índio. Delegado, você carrega seu parceiro e minha bela acompanhante recolhe neve para podermos ter água para beber. Todos de acordo?
Ele continua sem respostas, mas tanto Augustus quanto Sarah se dirigem para as atividades propostas.
Satisfeito, Tex segue rumo à cabana, com cuidado redobrado para não escorregar novamente, e deixa um último aviso:
— Mas não abusem de minha bondade. Lembrem-se que estarei vigiando lá da porta.
Sarah começa a encher o balde com neve e Augustus se aproxima de Cobra Traiçoeira:
— Consegue ficar em pé?
Cobra: — Vamos tentar.
O nativo se apoia no outro delegado e consegue ficar em pé, porém, quando tenta esticar a perna direita para apoiar no chão, seu corpo se contorce derrubando tanto ele quanto Augustus.
Augustus: — Parece que a coisa é feia.
Cobra: — Queria muito que o Dr. William estivesse aqui, agora.
Augustus: — Verdade, ele teria uma avaliação melhor e algum remédio ou tratamento.
Cobra: — Melhor, ele teria bebida.
Os dois sorriem e começam a se reerguer enquanto Tex reclama:
— Os dois podem vir logo para dentro? Se continuarem assim vou ficar com ciúmes. Não faz um minuto que esse safado estava agarrado comigo e já está grudado em outro homem.
Com todos já dentro, Tex fecha a porta da cabana, caminha até a lareira, joga os restos de uma cadeira no fogo, vira-se para os demais e sorri:
— Bem, sabemos o que vem agora, certo?
Sarah, Cobra Traiçoeira e Augustus encaram o pistoleiro esperando pelo próximo absurdo, afinal, já estavam preparados após todo esse tempo juntos para qualquer insanidade que saísse pela boca daquele maluco depravado, ou, pelo menos, assim pensavam até ouvirem incrédulos:
— Todo mundo nu!