Cap. 260
— Índio filho de uma puta! – grita Tex, disparando contra Cobra Traiçoeira, que geme e se contorce no chão.
Sarah consegue cuspir o pedaço da bandeira em sua boca e aproveita para morder a mão de Tex, fazendo com que o sangue dele se misture ao dela enquanto escorre pelo queixo.
A dor e a surpresa fazem o malfeitor soltar o pescoço da moça, que corre em direção a Augustus. Tex aponta a arma para ela, mas fica em dúvida entre qual deve ser seu próximo, e último, alvo.
Augustus continua tentando chamar a atenção do bandido: — Desista Tex. Entregue a arma.
Tex rejeita a proposta: — Ainda tenho um tiro xerife e acho que ele será todo... Ahhhhhh!
O grito vem simultâneo à faca cravada por Cobra Traiçoeira no pé esquerdo do pistoleiro, que reage disparando novamente contra o nativo.
Percebendo que seu trunfo acabou, Tex controla sua dor, arranca a faca que prende seu pé ao chão e se move o mais rapidamente que consegue em direção a suas roupas, visando pegar o casaco com suas bombas.
Augustus percebe a intenção e se projeta sobre o criminoso. Os dois se engalfinham, mas Tex, mesmo mancando e sangrando, consegue pegar suas roupas.
O criminoso sorri para Augustus que grita para Sarah: — Abra a porta!
A moça estranha o pedido, mas obedece enquanto Augustus agarra Tex pela cintura e projeta os dois para fora da cabana.
Em meio à neve, os dois homens seminus se atracam sem conseguirem se equilibrar direito. Tex consegue acertar o delegado, que cai perto da porta da cabana.
— Quer mais? – desafia o pistoleiro.
Augustus tenta se levantar, mas, sem equilíbrio, vai engatinhando até a porta da cabana enquanto responde: — Não, obrigado. Está frio demais para brigar pelado aqui fora.
Augustus entra e tranca a porta, mas logo retorna, ainda a tempo de ouvir os protestos e ameaças de Tex:
— Se não me deixarem entrar, eu explodo todo esse maldito lugar. Nove bombas, lembra?
O criminoso abre o casaco já vestido para exibir seu arsenal.