Cap. 9
Barman: — Nada grave, señor xerife, só o seu amigo que engasgou com o Mijo do Diabo.
Ainda sem entender a situação, o xerife olha para o padre, que diz: — Agora essa coisa suja que ele serve tem nome.
Xerife, franzindo as sobrancelhas enquanto olha para o barman: — Vou ter de começar a pagar?
Barman: — Claro que não, xerife. O senhor é meu convidado. Pegue uma dose, por conta da casa.
O xerife vira o copo e ergue Augustus do chão enquanto fala: — Será que existe um lugar em que você não acabe caído no chão?
Augustus: — Obrigado. Eu não conseguia me decidir qual lado era para cima.
Ele limpa o suor da testa na manga da camisa, olha para o padre e para o xerife e pergunta: — Como vocês conseguem beber essa coisa e ainda ficarem em pé? Eu mal a encostei na boca e me sinto como se tivesse tentado engolir um texugo enquanto ele brigava com uma cascavel.
— Chega de choro e de conversa - diz o xerife. — É hora de ir embora.
Eles se viram em direção à porta do bar.
Barman: — Señor! Precisa pagar pelas quatro doses.
Augustus: — Eu não tomei quatro doses!
Barman: — A sua, a do xerife e as duas do padre. Mas, se quiser, posso servir outras três somente para o senhor.
Padre: — Deixe o homem em paz por hoje, Ramirez, afinal ele deu um nome para sua bebida.
Ramirez, o barman: — Claro, senhor padre. Só estava brincando.
Os três vão saindo do saloon e Augustus, recuperando o fôlego (mas, aparentemente, não o bom senso) resolve perguntar: — Há! O atendente tem um nome, Ramirez. Eu tenho um nome, Augustus. Posso, então, saber os nomes dos senhores?
O padre e o xerife se viram ao mesmo tempo e dizem: — Não!
Os dois saem pela porta enquanto Augustus tenta segui-los, passando por todas as mesas e cadeiras do recinto enquanto tenta ficar em pé.
Ouvindo o barulho de dentro do saloon o xerife diz: — Ainda acho que devia ter dado um tiro nele.
Padre: — Depois de tudo o que ele diz que passou e sobreviveu? Precisaria atirar três ou quatro vezes para garantir.
Xerife: — Ou dar outra dose do whiskie do Ramirez.
Padre: — Amém!