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Cap. 29

Ilustração com a silhueta de um homem segurando uma faca como se fosse arremessa-la, sobre parte do corpo do homem, etá uma faixa onde está escrito DIMITRI. Atrás dele, está a silhueta de uma mulher amarrada em uma grande roda, acima dela, está escrito INTRODUCING: THE AUDACIOUS ALYANA. aCIMA DAS SILHUETAS, SOBRE UM FUNDO VERMELHO, ESTÁ ESCRITO THE CZAR OF LETAL BLADES. Na parte inferior da ilustração, há uma placa vermelha na qual está escrito em branco WONDERNOFF GRAND CIRCUS.

Wayne está no que parece ser uma tenda não muito grande com duas figuras estranhas encarando-o bem de perto.

— Quem é esse? - pergunta o homem mais alto.

— Ele estava junto. Parece que é amigo dele – responde um homem gordo com o rosto parcialmente coberto com o que parece ser uma pintura de palhaço.

O xerife ainda não entende o que está acontecendo: “Quem são esses sujeitos e que amigo é esse que estão falando?”. Será um ajuste de dívidas antigas? De antes de haver um xerife Wayne. Dívidas contraídas por...

O Homem mais alto chega ainda mais perto e interrompe os pensamentos do xerife: — Ah, então você é amigo do senhor Augustus.

Augustus! Wayne começa a entender a situação:

— Ele não é meu amigo.

Gordo: — Claro que não. Ninguém aguenta aquele sujeito muito tempo.

Homem alto, concordando com um leve sorriso: — De fato. Ainda assim, esse senhor aqui resolveu acompanhá-lo na tentativa de pegar de volta o nosso circo. Não é?

Wayne: — Nada disso! Não quero saber de circo, muito menos sou amigo do tal Augustus. Façam o que quiserem com ele e com o circo.

Dimitri encara Wayne, sentindo que há sinceridade, e muita raiva, nas palavras que foram ditas.

— Reviste o sujeito – diz ao homem gordo. — Vamos descobrir quem ele realmente é e se devemos acreditar nele.

Wayne: — Por que diabos eu iria me importar com vocês?

Mal o gordo começa a revista e já encontra a estrela na parte interna do casaco. — Dimitri, olhe isso. – diz ele, exibindo o objeto. — É um xerife.

Dimitri, o homem alto, pondera: — Oh! Isso complica as coisas. O que fazer com você, xerife? Com certeza, não posso deixar um homem da lei sair por aí sabendo o que sabe sobre nós.

Entra na tenda o homenzinho que armou a cilada no celeiro. Wayne o esfola com os olhos enquanto ele o encara com seu sorriso vincado.

— Calma. – diz o pequeno indivíduo. — Focê não fai mais ficar sozinho. Pegamos seu amigo índio também.

“Dois dias”, pensa Wayne, moendo os dentes uns contra os outros. “Em dois dias, aquele filho de um bagre com gonorreia transformou minha vida num inferno onde vou morrer como xerife, amigo de índio e, mesmo que escape, ainda tenho de achar um maldito chapéu de mulher”.

“Eu devia ter atirado nele. Duas vezes”.
 

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