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Cap. 98

Ilustração com um fundo branco, no qual aparece a silhueta de um homem segurando com a mão direita uma garrafa verde reluzente. No chão, ao seu redor, estão espalhadas várias garrafasa silhueta de um homem, visto por trás, subindo uma escada e carregando outro homem desmaiado, A silhueta do homem desmaiado está em vermelho.

Cobra Traiçoeira finalmente acaba de subir a interminável escada até o andar do prefeito carregando Augustus, que ficava mais pesado a cada degrau.

— Até que enfim! – reclama Wayne.

— Se você estava com pressa, por que não ajudou? – cutuca Lucretia.

— Melhor não arriscar. Se eu trouxesse o sujeito até aqui em cima, seria para poder atirá-lo para baixo. – encerra Wayne.

Dr. William chega até a porta e chama Cobra Traiçoeira: — Venha, por aqui. Coloque-o no monte de cobertas ao lado da cama.

O médico aponta o local e ajuda e deitar Wayne sobre as roupas de cama empilhadas.

Lucretia acompanha tudo ao lado de Wayne.

Xerife: — Pronto. Podemos ir agora?

Doutor: — Eu cuidarei deles. Aviso se precisar de alguma coisa.

Lucretia: — Claro!

Xerife: — Por quê? Você é o médico.

Lucretia trava a língua de Wayne com um olhar fulminante e já sem paciência.

O xerife engole seco e sai. A dona do cabaré continua:

— Se precisar de algo, me avise. É só ir ao cabaré. Fica ali atrás...

— Sei onde fica. Conheci o Solomon. – interrompe o doutor.

“É claro que já conhece.”, pensa Lucretia enquanto deixa a prefeitura ao lado de Cobra Traiçoeira.

— Queridos, agora preciso ver como estão as coisas no Elle. Com licença. – despede-se Lucretia.

Wayne: — Vou até lá também, ver se acho uma cama limpa para dormir um pouco.

O indígena segue a dupla, o que faz o xerife perguntar:

— Índio, aonde você pensa que vai?

O nativo responde: — Você prometeu me dar uma cobra enorme.

Ao ouvir essas palavras, Lucretia paralisa. Ela se vira, olha para Cobra Traiçoeira e fala vagarosamente, tentando manter o sangue frio:

— Há! Entre na fila querido. E garanto que a cobra do Wayne nem é tão grande assim, aliás, como todo o oeste viu naquelas montanhas.

O xerife percebe o massacre que se aproxima e segue rumo ao cabaré deixando Cobra e Lucretia para trás. Se for para enfrentar o inferno, pelo menos que seja depois de uma bebida servida em um copo limpo.

Cobra Traiçoeira: — A cobra era da mulher de cabelo branco. Nós fomos até ela. Ele entrou pela frente e eu por trás.

O indígena pretendia explicar o resto, mas Lucretia já estava agitada e aguda demais para ouvir.
 

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