Cap. 162
— Como ele está, doutor? – pergunta Lucretia, acompanhada pelos olhares curiosos de McQueen, Augustus e Cobra Traiçoeira.
— Eu estou bem, não é, doutor? – responde Wayne.
— Para um homem que caiu de um celeiro, foi arrastado pelo chão e trazido sacolejando em uma carroça, ele até que está bem. – responde o médico.
Wayne: — Há! Não falei?
William: — Porém, vai demorar um tempo até que ele consiga ficar em pé, ou mesmo se sentar.
Wayne protesta deitado na cama de Lucretia e, ao mesmo tempo, Westwood entra no quarto.
— Veio dar a extremunhão a ele? – sussurra Lucretia ao padre enquanto passa a seu lado na porta.
Westwood respira fundo, engole seco e responde no mesmo tom de voz: — Na verdade, preciso falar com você.
Ela olha intrigada, concorda com a cabeça, mas acrescenta: — Primeiro, vamos garantir que meus convidados estejam bem instalados.
A conversa é encerrada por um grito de Wayne, que atrai a atenção de todos.
— Eu avisei. – explica calmamente o Dr. William. — Você não vai conseguir se levantar tão cedo. Se ficar tentando e forçando, poder ser que nunca mais levante.
Lucretia intervém: — Ele ficará deitado o tempo que for preciso, doutor. Nem que eu tenha de amarrá-lo.
Wayne resmunga: — Você não pode me prender aqui. Eu sou o xerife.
É a vez de McQueen interferir: — É verdade, ele é o xerife.
O prefeito olha para o médico e pergunta: — Quanto tempo ele vai demorar até ele se recuperar, doutor?
William: — Se ele se comportar...
Lucretia: — Ele vai se comportar, eu garanto.
William, prossegue: — Repousando, tomando as medicações que irei preparar e fazendo alguns exercícios específicos... acredito que levará uns seis meses.
Wayne, enfurecido: — Você está malucaaahhhhh.
A dor por tentar se levantar faz até a raiva do homem passar.
William: — Viram o que eu disse?
Lucretia se aproxima de Wayne e sentencia: — Você vai ficar deitado aqui até sarar, então fique quieto e comportado, ou eu me deitarei com você, bem perto, colada, para garantir que se comporte. Eu sei qual prefiro, e você?
