Cap. 169
Westwood resolve tentar outra alternativa com Augustus: — Pegue este aqui.
O padre entrega um rifle para o delegado e começa as instruções: — Você encosta bem sem ombro na coronha, segura firme com uma das mãos debaixo do cano, mira e, com a outra mão, aperta o gatilho. Entendeu?
— Mirar em quê? Não tem mais garrafas. – argumenta um confuso Augustus.
Westwood fecha os olhos para que eles possam se revirar à vontade. Ele precisa manter a calma e ajudar o novo delegado a atirar se quiser que Lucretia faça o que combinaram.
Padre: — Tente acertar a árvore. Você parece bom nisso.
O delegado tenta colocar em prática todas as orientações enquanto o padre, além de ficar atrás, recua mais dois passos.
Os segundos passam e Augustus não consegue achar uma posição em que consiga manter a arma apontada, continua vendo o alvo e possa apertar o gatilho sem desalinhar tudo.
Cansado de esperar (e já antevendo o resultado) o padre resolve encurtar sua agonia e ordena: — Atire agora!
Augustus obedece, mas o padre ainda estava falando: — E cuidado com o coice.
A coronha da arma se projeta para trás, acertando o delegado no queixo. O home desaba desacordado.
Westwood vai até a árvore, confirma que Augustus errou o tiro, depois olha para o homem caído e vê-se obrigado a reconhecer: “Não é que eu estava errado? Isso aqui acabou sendo bem mais divertido do que eu estava pensando”.
Nesse momento, Cobra Traiçoeira chega ao local do treinamento.
— Ele está morto? - pergunta ao padre, que responde lacônico:
— Não.
Cobra: — Ele foi bem nos tiros?
Padre: — Não.
Cobra: — Acertou alguma coisa?
Padre: — A árvore.
Cobra: — Pelo menos isso.
Padre: — Quando mirou em uma garrafa no chão.
Westwood começa a caminhar para a igreja. Por mais que queira, ele não pode desistir. Pelo menos, não até Lucretia cumprir sua parte no trato.
— Leve esse traste de volta para a cidade. – ordena ao nativo. — Quando ele acordar, diga para voltar amanhã de manhã. Sem atrasos.
Cobra, surpreso: — Vão tentar de novo?
Padre: — Vamos tentar algo diferente.