Cap. 192
Todos - William, Augustus, Cobra Traiçoeira, McQueen, Solomon e até mesmo Lucretia - ficam surpresos com a rapidez com que Tex chega até a mulher: — Olá, dona. Boa noite!
Lucretia, tampando o rosto com um leque de rendas pretas: — Desculpe, mas estou de saída.
Tex insiste: — Você é uma mulher muito grande para andar sozinha por aí. Permita que eu te faça companhia.
Lucretia, considerando a ideia de dar um tiro na cabeça dele: — Agradeço, querido, mas eu sei me cuidar. Volte para o bar e aproveite sua noite.
Tex: — Não fuja. Estou sem encostar em uma mulher faz tanto tempo, e você tão grande que nem vai demorar. Pode ser em pé mesmo, lá fora, atrás do prédio.
Lucretia: — Querido, não é não! Ainda mais com você vestindo esse casaco.
Augustus se aproxima e intervém: — Melhor deixar essa aí sossegada.
Tex olha contrariado e o delegado explica: — Ela é do xerife.
O forasteiro ainda reluta em desistir: — É mesmo? Mas sinto como se a gente já tivesse se encontrado antes.
Lucretia: — Você não teria tanta sorte. Agora, com licença.
Tex olha para Augustus, coloca a mão em seu ombro e desabafa: — Vou respeitar. O xerife é seu chefe e não quero te dar problema, delegado. Mas, me diga uma coisa: tem alguma mulher nesta zona que não tenha dono?
Augustus conduz o forasteiro de volta ao bar enquanto tenta responder e Lucretia aproveita para sair.
Um cavalo já a aguarda do lado de fora. Ela monta e segue rumo à igreja para encontrar um ansioso Westwood que já a espera na porta dos fundos:
— Entre e fique em silêncio.
Lucretia: — Acha que a freira não ouviu o cavalo chegar?
Padre: — Ela está... distraída agora. Vamos aproveitar.
Eles passam pelo quarto de Bridget. É possível ouvir a moça golpeando algo com uma faca.
Lucretia: — Parece que não precisaremos ser nem rápidos, nem silenciosos.
Padre: — Prefiro terminar isso rápido.
Lucretia: — Querido, se quer uma coisa que termine rápido, vá encontrar com Ted Tex lá no cabaré.
Westwood, espantado: — O que ele está fazendo aqui? Vocês que chamaram?
Lucretia: — Não. Parece que está só de passagem.
Padre: — Você acredita?
Lucretia, cuspindo ar com cara de deboche: — Pffff!
Padre, irritado: — Droga! Vamos ter que adiar.