Cap. 193
— Delegado, meu bom homem, se me der licença um instante, vou lá fora dar uma mijada e já volto. – alardeia Tex, já seguindo para a porta.
Augustus olha para McQueen que sinaliza para que ele siga o homem.
— Importa-se se eu for também? Foi só falar que me deu vontade. – justifica-se o delegado ao seguir o forasteiro.
Tex: — Sem problema. Na verdade, acho que será até melhor assim.
Augustus se retrai desconfiado: — Melhor?
Tex sorri e explica: — Sim. Seus amigos ficarão mais tranquilos se você ficar me olhando enquanto mijo.
Augustus: — Desculpe, mas não pretendo olhar isso.
Tex ri alto e bate nas costas do delegado: — Há! Por isso eu gosto de você. Venha, vamos ver quem mija mais longe.
Enquanto os dois seguem para a parte de trás do cabaré, O prefeito aproxima-se de Solomon e pergunta: — Onde você deixou o cavalo dele?
Solomon: — É aquele amarrado bem aqui em frente.
McQueen: — Ele trouxe alguma bagagem?
Solomon: — Nada, só aquele casaco horroroso.
McQueen: — Alguém espiou o quarto depois que desceu para o bar?
Solomon: — Não que eu saiba.
McQueen: — Seria bom dar uma olhada. O sujeito está tramando algo. Posso sentir.
Solomon: — O senhor quer uma cópia da chave do quarto dele?
O prefeito concorda com um movimento de cabeça.
No lado de fora, já chacoalhando e guardando suas coisas, Tex pega um cigarro no casaco, continua se apalpando, apanha um fósforo e acende seu fumo.
— Você fuma, delegado? — pergunta Tex, ainda se apalpando por dentro do casaco.
— Charuto, raramente. – responde Augustus, ainda tentando urinar. A tensão está atrapalhando o fluxo.
Tex: — Desculpe a curiosidade, mas como o senhor incendiou seu circo?
Augustus: — Foi uma explosão mal calculada.
Tex: — Sei. E você usou uma dessas para explodir?
O homem coloca na mão do delegado uma esfera com um pavio, o qual acende com seu cigarro.
Augustus arregala os olhos e Tex o alerta: — Dá tempo de você correr até o poço lá atrás. Ou explodir nós dois e o cabaré.
Augustus pensa no que fazer e o prefeito abre a porta do quarto de Tex.