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Cap. 227

Revirando a cabana em busca do que queimar, Cobra encontra o que pode ser uma lareira com chaminé.

— Acha que a fumaça sairá por esse buraco? – questiona Augustus.

— Parece entupido. – responde Cobra, esticando o braço. — Me dê aquele remo, vamos ver se consigo cavar uma saída para a fumaça.

Enquanto o nativo cutuca a rocha com o remo, Augustus recolhe material para ser queimado. Próximo a Tex, ele encontra um baú com alguns diários e mapas.

Tex: — Algum tesouro aí dentro?

Augustus: — Talvez, mas preciso ler tudo primeiro para saber.

Tex, indignado: — Ler? São livros? Coloque na fogueira. Ler é para idiotas que não sabem atirar.

Tex continua com uma provocação: — Oh! é mesmo, desculpe, esqueci que o senhor não anda armado, delegado.

Augustus ignora o comentário, retira os livros junto aos demais papéis e coloca o baú para ser queimado.

— Podemos queimar o bote. – sugere Tex. — Ou você também acha que a gente pode ter que pescar enquanto está na montanha?

O delegado continua sua busca pela cabana e junta mais alguns trapos e galhos até que Cobra Traiçoeira para de lutar com a parede de pedra e explica:

— Consegui limpar até onde o cabo do remo alcançava. O bom é que parece ser só neve tampando o resto do caminho.

Tex: — Então vamos acender o fogo.

Cobra: — Com cuidado. A neve vai derreter e cair pela chaminé em cima do fogo.

Augustus conclui: — Apagando a fogueira.

Tex: — E o que faremos, então?

Augustus: — Primeiramente uma tocha, assim poderemos ir derretendo a neve sem arriscarmos molhar toda a madeira.

Tex aplaude: — Que beleza. Não é que esse delegado é esperto, rapaz? Quem diria? Como é que o senhor é tão sábio assim, delegado?

Augustus, com um sorriso lânguido: — Livros, meu caro. Uma vida com mais leitura e menos tiros.

Tex desafia: — Acha que pode matar todos os Windigos com esses livros?

Augustus: — Não sei, mas sei que o senhor não conseguiu matar todos com suas armas, não é mesmo?
 

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