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Cap. 226

— Pensei que vocês estariam bem mais à nossa frente. – divaga Augustus.

Tex responde: — A gente estaria, mas alguém (ele olha para Sarah, amarrada no canto da cabana) se jogou duas vezes do cavalo e me fez ter de parar no caminho. Tive de reforçar os nós para que ela ficasse bem presa na cela.

Ele continua: — E também têm os Windigos. Eles apareceram quando chegamos no pé da montanha e nos cercaram, mas se mexiam bem devagar. Depois que passou a surpresa, continuamos rumo à montanha, mas eles continuavam saindo do meio da neve, assustando os cavalos e derrubando a gente.

Augustus: — Fizeram o mesmo com a gente.

Tex: — Eu cortei as cordas para soltar minha coisinha linda e eles nos cercaram. Ficavam nos encarando com aqueles olhos vermelhos e vinham chegando perto bem devagar.

Augustus: — Parece que ficam escondidos na neve que nem armadilhas para animais., esperando que pisem em cima para darem o bote.

Tex: — Isso mesmo! Mas já tinha aparecido quase uma parede deles em nossa volta e eu não via saída dali, até que veio o trovão e eles pararam e se viraram para a montanha.

Tex prossegue: — Nós aproveitamos e começamos a subir em direção à pedra na encosta. Nem fazia ideia que tinha uma cabana aqui. Eu até atirei em alguns deles que apareceram perto da gente, mas percebi que eles vinham atrás depois que a gente passava.

Augustus, sempre curioso: — Por quê?

Tex: — Não parei para tentar descobrir, delegado, me desculpe. Estava mais preocupado em ficar o mais longe possível deles. Que tal você ir até lá, agora e perguntar a eles?

O sequestrador olha para Cobra Traiçoeira e resolve provocar:

— Melhor, mande o delegado índio, eles devem falar a mesma língua.

— Assim que tiver uma chance, vou cortar sua garganta e puxar sua língua para fora pelo buraco do corte. – responde sorridente Cobra, em Siksikáí'powahsin.

Tex, curioso: — O que você falou?

Augustus, rapidamente: — Que seria melhor acendermos uma fogueira aqui dentro.
 

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