Cap. 254
— Dá aqui essa merda! – explode Tex arrancando violentamente o diário das mãos de Augustus e arremessando na fogueira.
Tex: — Pronto, agora será útil.
Augustus se levanta, vai em direção a Tex e todos, até mesmo o pistoleiro, prendem a respiração à espera do que fará, mas o delegado passa pelo malfeitor, vai até seu canto da cabana e retorna com o diário de Pierre de Gonneville.
Tex, incrédulo: — Você vai continuar lendo?
Augustus: — É isso ou ficar pensando em formas de matar o senhor.
O delegado olha para Sarah e Cobra Traiçoeira e conclui: — Convenhamos, já temos gente o suficiente fazendo isso, então, se me permite, retomarei a leitura. Com licença.
Tex realmente está a ponto de explodir, literalmente, mas Augustus se debruça sobre outra literatura.
“Quisera ter dado mais consideração aos sinceros avisos dos nativos do que à minha presunção das metrópoles. Acreditava que as superstições locais não sobreviveriam à nossa pólvora e cavalos. Esqueci de avaliar que estávamos aqui, se tanto, a um par de séculos, enquanto eles estiveram aqui desde sempre”.
Assim começa a página em que Augustus abre o diário do capitão Pierre Louis de Gonneville.
O capitão relata que, tendo deixado para trás a região dos lagos há algumas semanas, encontrou os restos do que descobriu ser a expedição de Champlain.
O coronel havia identificado uma montanha com a formação adequada para uma fortificação e pretendia estabelecer lá uma base, no entanto, aparentemente, fora atacado por algum exército, não se sabe se de índios, ingleses ou mesmo outra nação atuando clandestinamente em território francês.
O fato é que Champlain e sua expedição foram exterminados e tudo o que restava fazer em sua memória era cumprir sua missão e estabelecer uma base francesa no topo daquela montanha.
E assim foi decidido, apesar dos protestos do explorador Jean Jacques Rémy e do tenente russo Vitus Golovnin.
Para Pierre, se os russos não achavam recomendável uma base francesa naquela montanha, então era realmente imprescindível estabelecer uma base francesa naquela montanha.