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Cap. 258

Augustus fecha o diário e Tex volta a atormentar:

— Já terminou?

Augustus, seco: — Sim.

Tex: — Então, podemos queimar esse livro também?

Augustus, atirando o livro para o pistoleiro: — Faça como quiser.

Cobra Traiçoeira avisa que já está anoitecendo e precisam começar a vigiar.

— Eles não vão subir. – decreta Augustus.

Cobra olha intrigado e o delegado explica: — Têm medo de que a montanha caia sobre eles. Por isso não sobem atrás da gente.

A explicação não foi das mais convincentes, mas ninguém aguenta mais ficar congelando os olhos pela portinhola.

Augustus examina suas roupas e percebe que continuam muito úmidas.

— As minhas estão quase secas. – informa Sarah, apalpando seu vestido.

Tex imediatamente intervém: — Calada! Quem disse que eu quero você vestida de novo?

Augustus esboça defender a moça, mas ela balança negativamente a cabeça, indicando que não seria necessário nem prudente no momento.

O delegado pega cuidadosamente suas roupas e carrega para perto de Cobra Traiçoeira.

Tex se vangloria: — Isso mesmo, me respeitem. Lembrem que ainda tenho duas balas. Fora as bombas.

O criminoso se volta para suas roupas e é a vez de Augustus intervir: — Respeito é demais, vamos apenas ignorar você, pode ser?

— Por enquanto é o bastante. – replica o pistoleiro, deixando suas roupas de lado e atirando o diário do capitão Pierre na fogueira.

Tex observa as páginas queimando e divaga: — Quem será o primeiro de nós a ir para essa fogueira também?

Sem esperar manifestações, ele conclui: — Bem, pensamos nisso amanhã, hoje, vamos aproveitar que não temos que vigiar os índios e dormir tranquilos.

Passando por Cobra Traiçoeira, ele provoca mais um pouco: — Não vigiar os índios lá de fora, que fique bem claro.

— Melhor o senhor voltar a se sentar perto da fogueira. – adverte Augustus.

Tex desafia: — Ou vai acontecer o quê?

Augustus: — Suas partes vão acabar sumindo com o frio.

O pistoleiro leva a mão à virilha e, rapidamente, retorna ao seu lugar em frente à fogueira. Ele ainda tenta mostrar autoridade:

— Chega de conversa! Todo mundo dormindo agora.

Mas ele sabe que todos estão rindo dele.
 

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