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Cap. 277

— Sua filha não voltou. – é tudo o que Cedro Vermelho consegue responder a Chuva Quente, que formula uma nova questão:

— Ela está morta?

O chefe meneia a cabeça confirmando.

Chuva, comprimindo os lábios e tentando conter as lágrimas:

— Quem a matou?

Cedro Vermelho sabe quem foi, mas traduz a pergunta para que a mulher tenha sua resposta vinda de alguém que presenciou tudo.

— Windigos. – murmura o delegado com os olhos fechados remoendo a cena. A resposta dispensa tradução.

Chuva Quente quer mais respostas: — Ela foi comida por eles?

Cedro tenta protestar, balançando a cabeça negativamente, afinal, são detalhes que não trarão nenhum conforto ou alívio para ela, mas a mulher grita, mesmo se esforçando para manter o controle: — Pergunte a ele! Eu preciso saber!

O chefe transmite a pergunta e Augustus revive o momento:

— Não sei se foi devorada por eles. Ela estava examinando sinais gravados em uma rocha no meio da neve, então…

O delegado respira fundo enquanto Cedro vai traduzindo para Chuva Quente, depois prossegue:

— Ela estava lendo os sinais e, num instante, foi puxada para o meio da neve. Eu a agarrei pelas roupas e tentei puxar de volta, mas vieram outras mãos.

A cada palavra traduzida, Chuva Quente comprime mais os lábios e trinca os dentes.

— Eles a levaram. Tudo o que restou foi esse o colar que ela estava usando.

O delegado abre a mão mostrando o adorno, uma pequena rocha de rio arredondada e esbranquiçada, parecendo a Lua, amarrada por um cordão de fibras de cedro.

Chuva reconhece o colar e exige, esticando a mão: — Me dê a pedra.

Cedro traduz (e reforça): — Dê o colar para ela.

Augustus entende o desejo da mulher, mãe de Nokomis.

Serenamente, ele abaixa a cabeça, relembra tudo mais uma vez e responde:

— Não.

Cedro Vermelho já sabia que a resposta seria essa.

Talvez ele tenha um pouco do lado sensitivo de sua mãe.

O mais provável é que já tenha desistido de ter boas expectativas.
 

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